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Como prevenir e proteger uma organização contra ataques de hackers

Tecnologias e Engenharia

26 de Setembro de 2025
prevenir ataques de hackers

Os ataques de hackers atingiram, nos últimos anos, grandes proporções em termos de escala e sofisticação, tornando a cibersegurança uma prioridade estratégica para qualquer organização. O Relatório de Investigações de Violações de Dados de 2025 da Verizon registou um aumento de 37% nos ataques de ransomware e um aumento de 34% nas vulnerabilidades exploradas.

Na Universidade Europeia, este tema é trabalhado com foco na aplicação prática, integrando gestão de risco, tecnologia e processos. Logo no arranque, duas vias de formação alinham conhecimento e impacto.

O Mestrado Online em Cibersegurança aprofunda competências técnicas e metodológicas em segurança da informação; e a Pós-Graduação Online em Cibersegurança para Gestores, que está orientada para aspetos como decisão, governança e continuidade do negócio.

Panorama atual das ameaças cibernéticas

O horizonte dos ataques online alargou-se com a adoção crescente da cloud, do modelo de trabalho híbrido e da maior ligação a parceiros.

As ameaças cibernéticas mais comuns combinam social engineering, exploração de vulnerabilidades e corrupção de dados de acesso, muitas vezes culminando em sequestro de dados, extorsão e interrupção de serviços.

O ransomware evoluiu para múltipla extorsão, como cifragem e exfiltração de dados e/ou DDoS, aumentando o impacto operacional e reputacional. Já os ataques de negação de serviço visam tornar canais críticos indisponíveis, desgastando, assim, as equipas técnicas responsáveis pela sua segurança.

A cadeia de abastecimento, na qual se incluem softwares de terceiros, expõe organizações a riscos indiretos que se multiplicam.

Fundamentos práticos para prevenção de ataques de hackers

  1. Governança e risco: há que definir políticas claras e responsabilidades, alinhando objetivos de negócio e requisitos normativos; torna-se igualmente necessário rever o plano de cibersegurança em ciclos curtos e dar prioridade a investimentos com base no impacto e na probabilidade de ocorrência de ataques.
  2. Gestão de vulnerabilidades: é premente manter um inventário de ativos, definir uma categorização correspondente aos vários níveis de gravidade das falhas, aplicar patching o mais depressa possível e implementar baselines de configuração segura com revisões periódicas.
  3. Identidades e acessos: a ativação da autenticação multifatorial (MFA) é fundamental para utilizadores e serviços, assim como a aplicação do princípio do menor privilégio, a segmentação de redes e a monitorização de contas privilegiadas.
  4. Segurança de e-mails e endpoints: o reforço da filtragem anti-phishing, a análise de anexos em sandbox, o controlo de aplicações e EDR/XDR para rápida deteção e contenção são fundamentais.
  5. Backups e resiliência: manter cópias imutáveis, testar restauros regularmente e documentar procedimentos de recuperação por cenário, incluindo ransomware e falhas de infraestrutura, são das medidas mais relevantes.
  6. Consciencialização e treino: a promoção de programas contínuos de sensibilização, simulações de phishing e exercícios de mesa que envolvam equipas técnicas, legais e de comunicação torna a organização mais coesa.
  7. Fornecedores e integrações: é fulcral avaliar os riscos de terceiros, definir requisitos mínimos de segurança contratuais e monitorizar acessos, tokens e pipelines de integração.
  8. Monitorização e deteção precoce: centralizção da telemetria e monitorização contínua (SIEM/EDR) e use análise comportamental para reduzir o tempo de permanência do atacante, de acordo com “The NIST Cybersecurity Framework” e “Device security guidance”.

Proteção contra ataques de hackers ao longo do ciclo de vida de um software

Prevenção

A fase de prevenção requer o robustecimento de sistemas. Defina políticas de palavras-passe alinhadas com o NIST SP 800-63B (comprimento/qualidade, verificação contra listas de palavras-passe comprometidas) e evite expiração periódica sem evidência de compromisso. Faça rotação de chaves/segredos e reveja privilégios regularmente.

Deteção

Utilizar EDR/XDR, SIEM e sinais comportamentais para identificar anomalias e movimentos laterais antes que ocorram danos significativos é meio caminho andado para impedir um ataque informático.

Resposta

Esta etapa compreende a definição de playbooks por tipo de incidente, a clarificação de papéis e do tempo de decisão, a testagem de planos com simulacros e o alinhamento da comunicação com as partes interessadas e as autoridades.

Recuperação

Na eventualidade de ser necessário proceder a uma recuperação, torna-se urgente restaurar os serviços de forma segura, validar a respetiva integridade, documentar as lições retiradas e reforçar o controlo preventivo.

Erros a evitar que aumentam o risco de ataques cibernéticos

  • Atrasar correções críticas e confiar em configurações predefinidas.
  • Permitir exceções permanentes a políticas de MFA e segmentação.
  • Tratar a componente “awareness” (consciencialização) como uma ação pontual, sem treino ou medição.
  • Ignorar dependências de terceiros e acessos de aplicações.
  • Não testar restauros ou planos de resposta sob pressão.

Indicadores para mensuração de maturidade

  • Tempo médio para aplicar patches críticos em sistemas prioritários.
  • Percentagem de contas e serviços com MFA ativa.
  • Taxa de sucesso das simulações de phishing e ações corretivas concluídas.
  • Cobertura de EDR/XDR em endpoints e servidores.
  • Tempo de deteção e de contenção por tipo de incidente.

Procedimentos de 90 dias para redução do risco

Primeiros 30 dias

No primeiro mês, é fundamental inventariar ativos, ativar a MFA onde esta ainda não existe, acelerar o patching das falhas mais críticas e publicar políticas essenciais de utilização aceitável e gestão de acessos.

É também uma ótima ideia iniciar uma campanha de consciencialização mediante uma simulação controlada de ataques de phishing.

Dias 31-60

No segundo mês, o ideal é implementar baselines de configuração segura, reforçar a segurança das contas de correio eletrónico, integrar os logs num repositório central e criar playbooks de resposta a ransomware, DDoS e um compromisso de conta.

É igualmente imperativo rever acessos de terceiros e tokens de integração.

Dias 61-90

No terceiro e último mês, há que testar restauros e realizar exercícios de mesa com liderança, ajustar métricas e automatizar correções frequentes.

Atendendo já ao trimestre seguinte, sugere-se dar prioridade à concretização de investimentos com base em lacunas e nos resultados dos testes.

Cenários críticos e medidas específicas

Ransomware

No caso do ransomware, é crucial preparar um isolamento rápido de segmentos, definir linhas orientadoras para tomadas de decisões sob pressão, proceder a uma recolha forense, estabelecer critérios objetivos com vista ao regresso à operação e validar se os backups se encontram offline ou são imutáveis e conferir se o restauro (ainda que parcial) é possível.

DDoS e interrupções

Para ataques deste género, há que adotar uma proteção upstream com CDN e serviços de scrubbing, definir uma limitação de taxa e rotas alternativas, testar a capacidade e celebrar acordos de nível de serviço com fornecedores.

Contas comprometidas e fraudes via e-mail

Para evitar o comprometimento de contas, é preciso criar regras anti-reencaminhamento, exigir uma verificação out-of-band para pedidos financeiros e alertar para comportamentos anómalos no sistema de correio eletrónico corporativo.

Formação e desenvolvimento de competências

O reforço de capacidades internas é determinante para sustentar medidas técnicas com processos eficazes, e é para isso que existem as formações da Universidade Europeia.

O Executivo Master Online em Cibersegurança Estratégica permite desenvolver uma visão completa sobre estratégia, risco, resposta a incidentes e conformidade, articulando tecnologia com objetivos de negócio, ideal para quem procura consolidar bases e estruturar práticas de segurança com amplitude técnica e de governança.

A redução do risco não depende de soluções isoladas, mas sim da combinação de governança, controlos técnicos, processos de resposta e formação contínua.

Ao alinhar prioridades com métricas claras e um plano de execução a curto prazo, é possível diminuir significativamente a probabilidade e o impacto de ataques de hackers.

Se pretende alargar o seu horizonte de conhecimentos em cibersegurança e acelerar a implementação de boas práticas na organização, as formações da Universidade Europeia em tecnologia destacadas ao longo deste artigo proporcionam uma base sólida para transformar medidas em resultados.