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Psicologia Forense: O papel e a importância no sistema de justiça

Ciências da Saúde

14 de Agosto de 2025
Psicologia Forense

A psicologia forense oferece um percurso profissional desafiante e inovador para estudantes e profissionais que pretendam compreender e intervir sobre o comportamento humano no contexto de justiça. Os psicólogos forenses colaboram diretamente com advogados, juízes e outros profissionais do sector judicial, contribuindo para uma melhor compreensão dos aspetos psicológicos envolvidos em processos legais.

Neste artigo, ficará a conhecer a definição de psicologia forense, as principais funções, as competências fundamentais para o exercício da profissão e os percursos académicos mais recomendados.

Neste contexto, destaca-se a Pós-Graduação em Psicologia Forense, que prepara os profissionais para a atuação pericial junto de vítimas de crimes, de ofensores criminais, de famílias, de crianças ou jovens em situação de risco, ou de delinquência, mediante uma formação com componente prática e especializada. Irá ter a oportunidade de aprender com profissionais de excelência das áreas da Psicologia, Psiquiatria, Direito e órgãos de polícia criminal, com vista a adquirir competências para avaliações psicológicas e intervenção em contextos judiciais.

O que é a Psicologia Forense?

A psicologia forense é uma área da psicologia que aplica os princípios, métodos e conhecimentos psicológicos ao sistema judicial e legal. Envolve a avaliação e intervenção junto de indivíduos envolvidos em processos judiciais como arguidos, vítimas, testemunhas ou menores de 18 anos, visando fornecer apoio técnico e científico à justiça.

Os psicólogos forenses realizam perícias psicológicas, elaboram pareceres para tribunais, colaboram com advogados, magistrados e órgãos de polícia criminal, e intervêm em contextos como processos penais, cíveis, de família e menores. O seu trabalho contribui para a compreensão do comportamento humano em contextos legais, a avaliação do risco, a reabilitação e a promoção da justiça e do bem-estar social.

Em contexto judicial, a função pericial do psicólogo forense distingue-se claramente da função clínica, tanto nos objetivos como nos procedimentos. Enquanto perito, o psicólogo atua por nomeação judicial ou a pedido das partes, com o propósito de responder a questões específicas formuladas pelo tribunal, como, por exemplo, a avaliação da capacidade parental ou da imputabilidade penal, produzindo um relatório técnico isento e fundamentado para auxiliar a decisão judicial.

Já na função clínica, a intervenção dirige-se a pessoas envolvidas no sistema de justiça — arguidos, vítimas, familiares ou outros — mas com fins exclusivamente terapêuticos, de apoio psicológico ou de reabilitação, sem produzir conclusões periciais nem assumir o papel de avaliador para efeitos probatórios. Esta separação é essencial para garantir a objetividade na perícia e a confiança na relação terapêutica, evitando conflito de interesse e assegurando o respeito pelas regras éticas da profissão.

Quais são as funções de um Psicólogo Forense?

As atividades quotidianas de um psicólogo forense variam consoante o cargo que ocupa e o contexto profissional em que se insere, podendo este situar-se em organismos como o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, os tribunais, as instituições prisionais ou o meio académico.

Conheça mais as funções de um Psicólogo Forense:

  • Avaliar comportamentos, perturbações emocionais e psicológicas por meio de entrevistas e observações diretas.
  • Elaborar relatórios e pareceres sobre perfis criminais, perigosidade e estado psicológico.
  • Prestar testemunho técnico especializado em tribunal, informar sobre questões de sentença, tratamento, competência e risco de reincidência.
  • Desenvolver programas terapêuticos e aconselhamento especializado dirigidos a vítimas e autores de crimes, incluindo crimes de natureza sexual.
  • Realizar estudos e publicar artigos académicos sobre descobertas relevantes na área da psicologia forense.

Quais as principais áreas e contextos de atuação do Psicólogo Forense?

O psicólogo forense pode exercer funções em diferentes áreas do sistema de justiça, adaptando métodos e técnicas conforme o tipo de processo e o contexto profissional. As principais áreas incluem:

  • Processos penais: avaliação de imputabilidade, perfil psicológico de ofensores, risco de reincidência, entre outros.
  • Processos de família: avaliação da capacidade parental, impacto psicológico de conflitos parentais ou divórcios, adaptação das crianças.
  • Processos cíveis: análise de danos psíquicos, assédio moral ou psicológico, e outras questões de responsabilidade civil.

Quais as competências essenciais para ser Psicólogo Forense?

Para desempenhar com eficácia o papel de psicólogo forense, é necessário possuir um conjunto específico de competências:

  • Espírito crítico.
  • Escuta ativa e postura imparcial.
  • Capacidade de manter a calma sob pressão.
  • Resiliência e capacidade de gestão do stress.
  • Elevada capacidade analítica e rigor metodológico.
  • Capacidade para interpretar comportamentos.

Ao nível das competências técnicas essenciais, destaca-se:

  • Avaliação psicológica forense: domínio de testes psicológicos, protocolos de entrevista e instrumentos validados para uso em contexto judicial.
  • Elaboração de relatórios periciais: redação clara, objetiva e técnica destinado a tribunais e instituições judiciais.
  • Compreensão da legislação aplicada: familiaridade com o Código Penal, Código do Processo Penal, Lei Tutelar Educativa, entre outros diplomas legais.
  • Técnicas de entrevista forense: técnicas especializadas para entrevistar vítimas, testemunhas, menores e arguidos, respeitando protocolos legais e éticos.
  • Intervenção com populações específicas: competência para intervir com vítimas de violência, agressores sexuais, menores infratores, entre outros.
  • Capacidades de investigação e análise científica: aptidão para realizar estudos empíricos, análise estatística, interpretação de dados e revisão da literatura científica.
  • Interpretação de comportamentos em contextos legais: análise do comportamento humano considerando o enquadramento jurídico e social.
  • Utilização de ferramentas digitais e bases de dados: conhecimento de softwares de avaliação psicológica, gestão de processos e bases de dados jurídicas/psicológicas.
  • Conhecimento sólido de psicopatologia: capacidade de identificar perturbações mentais ou diagnosticar perturbações da personalidade com base em critérios clínicos e legais. Identificar perturbações mentais e diagnosticar perturbações da personalidade com base em critérios clínicos e legais. Saber diferenciar sintomas genuínos de manifestações simuladas ou dissimuladas de psicopatologia, uma vez que, em contexto judicial, a apresentação sintomática pode ser intencionalmente exagerada, fabricada ou minimizada.

Como tornar-se Psicólogo Forense?

O percurso académico para exercer a psicologia forense exige uma sólida formação inicial em psicologia. A Licenciatura em Psicologia, também disponível no regime online, aposta num modelo inovador, com aprendizagem prática, imersão profissional e experiências internacionais. O estudante desenvolve competências técnicas e sociais essenciais para tornar-se num profissional preparado para os desafios contemporâneos da psicologia.

A formação em psicologia precisa ser complementada por especialização por meio de programas avançados, como a Pós-Graduação em Psicologia Forense e o Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde, que oferece uma formação prática e multidisciplinar, combinando competências técnicas e pessoais essenciais. Com metodologias inovadoras e simulação de casos reais, prepara o profissional para decisões baseadas em evidência.

Importa ainda esclarecer que, em Portugal, a realização de perícias judiciais por psicólogos requer inscrição ativa na Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), garantindo assim que o profissional cumpre os requisitos legais e deontológicos necessários ao exercício destas funções.

A psicologia forense constitui um campo essencial para o funcionamento eficaz e humano do sistema judicial e contribui diretamente para uma sociedade mais justa e segura. Na Universidade Europeia, pode especializar-se em diversas áreas da psicologia com os cursos em ciências da saúde.